
Um rapaz de 22 anos foi preso em flagrante na manhã de ontem despejando irregularmente lixo hospitalar no aterro sanitário de Ortigueira. Os resíduos, segundo o delegado de Polícia Civil do município, Mário Sérgio Bradock Zacheski, seriam originários de Apucarana.
A prisão aconteceu por volta das 11 horas, depois que a Secretaria de Meio Ambiente de Ortigueira pediu apoio da polícia. Um caminhão Mercedes, com placas de Apucarana, e dirigido pelo detido, estava no aterro da cidade dispensando cerca de três toneladas de lixo hospitalar no local. “O rapaz detido poderá ter a fiança arbitrada pelo juiz. Mas, o patrão dele, Wilson Farias, também será indiciado. O detido disse que só cumpria ordens do patrão”, afirma o delegado.
Ele explica que Farias é dono de um depósito de materiais recicláveis em Apucarana e que esta não seria a primeira vez que enviou resíduos de hospitais para outra cidade.
Ele, entretanto, argumenta que o material encontrado pela polícianão era lixo hospitalar. “Não é resíduo de hospital, são embalagens plásticas”, sustenta, sem dizer, entretanto, a origem do lixo. Ele afirma que o material não é reciclável e que, por problemas de ordem documental, ele não conseguiu encaminhar a um aterro industrial.
A Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Apucarana (Sematur) inicia nos próximos dias a fiscalização de descarte de resíduos de saúde em hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias do município. O monitoramento, segundo o secretário da pasta, João Batista Beltrame, se faz necessário após o despejo irregular de três toneladas de lixo hospitalar no aterro de Ortigueira, descoberto anteontem. Investigações da Polícia Civil apontaram que os resíduos seriam originários de Apucarana.
A regulamentação do descarte do lixo hospitalar foi feita em dezembro de 2004 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a emissão da resolução, municípios e empresas passaram por um processo de adequação. “Entre 2005 e 2006 visitamos todos os estabelecimentos e orientamos sobre a obrigatoriedade e a responsabilidade do descarte correto dos dejetos hospitalares. Na época, todos os empresários e instituições se adequaram à resolução,” afirma.
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