sábado, 6 de agosto de 2011

Prefeitura vai fiscalizar descarte de lixo hospitalar


Um rapaz de 22 anos foi preso em flagrante na manhã de ontem despejando irregularmente lixo hospitalar no aterro sanitário de Ortigueira. Os resíduos, segundo o delegado de Polícia Civil do município, Mário Sérgio Bradock Zacheski, seriam originários de Apucarana.
A prisão aconteceu por volta das 11 horas, depois que a Secretaria de Meio Ambiente de Ortigueira pediu apoio da polícia. Um caminhão Mercedes, com placas de Apucarana, e dirigido pelo detido, estava no aterro da cidade dispensando cerca de três toneladas de lixo hospitalar no local. “O rapaz detido poderá ter a fiança arbitrada pelo juiz. Mas, o patrão dele, Wilson Farias, também será indiciado. O detido disse que só cumpria ordens do patrão”, afirma o delegado.
Ele explica que Farias é dono de um depósito de materiais recicláveis em Apucarana e que esta não seria a primeira vez que enviou resíduos de hospitais para outra cidade.
Ele, entretanto, argumenta que o material encontrado pela polícianão era lixo hospitalar. “Não é resíduo de hospital, são embalagens plásticas”, sustenta, sem dizer, entretanto, a origem do lixo. Ele afirma que o material não é reciclável e que, por problemas de ordem documental, ele não conseguiu encaminhar a um aterro industrial.
A Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Apucarana (Sematur) inicia nos próximos dias a fiscalização de descarte de resíduos de saúde em hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias do município. O monitoramento, segundo o secretário da pasta, João Batista Beltrame, se faz necessário após o despejo irregular de três toneladas de lixo hospitalar no aterro de Ortigueira, descoberto anteontem. Investigações da Polícia Civil apontaram que os resíduos seriam originários de Apucarana.
A regulamentação do descarte do lixo hospitalar foi feita em dezembro de 2004 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a emissão da resolução, municípios e empresas passaram por um processo de adequação. “Entre 2005 e 2006 visitamos todos os estabelecimentos e orientamos sobre a obrigatoriedade e a responsabilidade do descarte correto dos dejetos hospitalares. Na época, todos os empresários e instituições se adequaram à resolução,” afirma.

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